terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

D.A.R.L.I.N.G


Com a cara de quem acabou de ver tudo passar na superfície da pálpebra esquerda, uma borboleta úmida sobre os papeis velhos, uma caneta preta que estourou no lençol branco, os lábios pretos e amargos em danças sagradas.

Ouvir Beach House mostra a vida já construída em imagens tremidas de câmera Super 8, os rostos embaçados em quatro minutos, os pensamentos envolvidos em fumaça de tabaco, vestidinhos de flores amarelas, ideias já feitas, ver as nuvens pela primeira vez e prová-las com a ponta da língua.

In that harbor of a room

you'll find your anchor soon
in the parting of our ways
may it never happen

anyway


Q.U.E.R.I.D.A, que isso nunca aconteça, ouça o som de pianinhos tristes, sopre pedacinhos de papeis coloridos na cara do perigo, pois ninguém sabe quando os estranhos retornam. Dias difíceis não acontecem somente em manhãs frias de domingo.

Admire cinco quadros tristes e mande meus cumprimentos para Broad Street.

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