sexta-feira, 23 de abril de 2010

Chilly, chilly is the evening time...

Sério, The Kinks:



Waterloo Sunset's fiiiine!

...

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Rod Stewart


Muito antes de ser o rei da farofa, fazer parte da trilha de quase toda novela da Globo e ser presença garantida naquele churrasco de domingo do seu tio barrigudo que só sabe ouvir Bartô Galeno, Agnaldo Timóteo e Have You Ever Seen the Rain? (Deus salve John Forgety!), o inglês Rod Stewart era um autêntico frontman: sua voz rouca era ideal para um som mais ousado, com atitude e total falta de amarras - tudo de que o rock precisa. Não é à toa que foi o escolhido por Jeff Beck para integrar o Jeff Beck Group (escute a versão dele de "You Shook Me") como vocalista em 1966 e, mais tarde, convocado a participar do maravilhoso Faces (Staaaaay with me....) junto com o amigo Ron Wood, (que entraria para os Rolling Stones, após a saída de Mick Taylor, em 1974) até 1975.
Durante o período em que tocava com o Faces, Rod também lançou álbuns como artista solo. Gasoline Alley (1970) e Every Picture Tells A Story (1971) consolidaram a imagem de Rod como bluesman e vocalista por excelência. A faixa-título deste último é crua, áspera e vigorosa - exatamente como a voz de Stewart. O álbum Every Picture Tells A Story deu a ele seu primeiro lugar nas paradas americanas e britânicas, com o hit Maggie May (sobre um garoto que se apaixona por uma mulher mais velha) - até hoje sua música mais conhecida.
Depois de Never A Dull Moment (1972), surge o Rod que todo mundo conhece: cabelo igual a pelo de poodle, canastrão sedutor - veja o clipe de Tonight's The Night (Gonna Be Alright) - e cantando aquelas que todo mundo conhece - The Way You Look Tonight e, pasmem, Have You Ever Seen The Rain? (Mas espera aí - eu amo essas músicas!)

Não importa.

A gente ainda tem Maggie May!

Abaixo, Rod no seu melhor: FACES



Ele é tão inglês!!! *-* /groupiewayoflife

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Bela da Tarde

Catherine Deneuve, por Helmut Newton

De olhos fechados e esperando por um dia de chuva...

"McArtney"


Um dos singles mais valiosos da História, de acordo com a revista New Musical Express, "Love Me Do/ P.S. I Love You", dos Beatles, foi lançado em 1962 com uma tiragem limitada de 250 cópias. Não bastasse esse fato, o single também é conhecido por ter impresso erroneamente o nome do Paul, de McCartney para "McArtney" (ri pencas!)
E o preço de um desses??
£3000


Tenho um aqui em casa. Sério (?)

sábado, 17 de abril de 2010

I Shall Be Released



Joni Mitchell, Mama Cass Elliot (The Mamas & The Papas) e Mary Travers (Peter, Paul & Mary) cantando "I Shall Be Released", de Bob Dylan, em 1969.

Eu quero o vestido da Mary. AGORA!

Our House

Os Rolling Stones em Laurel Canyon

Joni Mitchell na janela de sua casa em Laurel Canyon, 1970

Laurel Canyon é uma região localizada em Los Angeles, California. Mais do que ter uma intersecção com a famosa estrada Mulholland, ela foi o palco principal da contracultura norte-americana dos anos 60.
O rock havia encontrado sua Meca. Lá moraram David Crosby, Mama Cass Elliot, Carole King, Jimi Hendrix, Graham Nash, Roger McGuinn, Jackson Browne... Foi lá que o Steppenwolf gravou seu "At Your Birthday's Party", no estúdio do Canned Heat. Bem próximo dali morava Joni Mitchell, que utilizou o nome da região no título de seu maravilhoso álbum Ladies Of The Canyon. O mesmo fez o guitarrista John Mayall, com seu Blues From Laurel Canyon, em 1968. É bem provável que, andando pelas ruas de Laurel Canyon nos anos 60, encontremos a groupie Pamela De Barres deixando a casa de Chris Hillman, baixista dos Byrds, às cinco da manhã, para chegar à casa de Frank Zappa, que morava perto dali. Quem sabe não vemos Neil Young saindo para comprar leite, ouvimos o som de mais um ensaio dos Stones saindo pelo porão da casa de Stephen Stills ou desejamos bom dia para Jim Morrison?

Espero que "Morning Morgantown" seja sobre a vida nesse lugar...

"When morning comes to morgantown
The merchants roll their awnings down
The milktrucks make their morning rounds
In morning, morgantown

We’ll rise up early, with the sun
To ride the bus while everyone is yawning
And the day is young
In morning, morgantown"

Joni Mitchell (1970)




Agosto de 1969

Woodstock, Nova York

terça-feira, 6 de abril de 2010

Hello, darling!

Audrey fazendo charminho numa das cenas iniciais de Bonequinha de Luxo

segunda-feira, 5 de abril de 2010

"Tlinta e Tlês"



Era tarde quente de domingo e mamãe e papai descansavam no sofá depois do almoço. Eu observava o tempo passar através da janela empoeirada da sala, sentada no banquinho de madeira feito pelo tio Petrônio. A campainha toca e eis que entram tia Mercedes e a prima Sandrinha. Engraçada, a prima Sandrinha. Ela tinha a minha idade e falava de um jeito estranho, trocando as letras. Fazia tudo o que a gente pedia.
Foi aí que tive uma ideia.
Quando a vi sentar-se na cadeira de vime para assistir ao filme do Jerry Lewis (O Professor Aloprado até hoje não me sai da cabeça), discretamente cheguei por trás e arrastei-a pela sala, com cadeira e tudo. Eu gritava: "Trinta e três! Carrinho de sorvete trinta e três!". A prima Sandrinha, assustada, só sabia falar: "Tlinta e tlês! Carrinho de picolé tlinta e tlês!" E eu continuava, já tonta por causa da correria: "Grita, prima Sandrinha! Trinta e três! Trinta e três!" Só se ouvia "Tlinta e tlês! Tlinta e tlês! Carrinho de picolé".

Nunca vou me esquecer de nossos rostos avermelhados e de minha saia rodando pelos corredores. O gato da vovó acordou assustado.

Mamãe me pôs de castigo. E a prima Sandrinha ganhou um sorvete para se acalmar. Não, foi um picolé.

sábado, 3 de abril de 2010

Fa Fa Fa Fa Fa Fa Fa



Olha a cara de joãzinho da Tina Weymouth! *-*

Acho que estou apaixonada pelo David Byrne...

Rock Dancers

Paul Newman e Joanne Woodward

sexta-feira, 2 de abril de 2010

California, I'm coming home...

Minha relação com essa música da Joni Mitchell é antiga. Lembro-me das vezes em que a ouvia sozinha na cozinha escura de minha avó (não, eu não tinha o vinil original. Era um cd baixado da internet!) quando tinha quinze anos. Eu me encolhia e vivia a canção.
Sempre fui daquelas que gostam não apenas de ouvir uma música, mas de imaginá-la, sentir o momento de sua composição para assim torná-la parte de minha vida. Ao ouvir California não foi diferente: eu me sentia em casa, quer seja sentada num banco de um parque de Paris, num ilha grega ou numa cidade da Espanha. Joni canta com um vigor tão forte, que as palavras não saem de sua boca, mas sim de sua alma. O início da música, leve e simples, acompanhado de uma letra que faz com que se queira aproveitar a vida de acordo com os desejos de cada um, faz de quem a ouve uma pessoa completa.

Eu poderia falar sobre essa música o dia inteiro. Ninguém melhor que Joni para apresentá-la:



Esse vídeo é de uma apresentação feita por ela em 1970, num especial para a BBC.
Joni se encontrava no auge da carreira, que iria se consolidar de forma definitiva no ano seguinte, quando lançaria o álbum Blue (!).

Percebi agora que, enquanto escrevia esse texto, ouvi California dezoito vezes seguidas...

Maio de 1944


Não parei de olhar para essa foto de Ralph Morse. É real: senti o calor dos ossos das mãos do casal, o cheiro do cabelo da moça, o frescor adocicado da grama verde (espero que seja verão), o vento que bagunçou os cabelos dos dois, o barulhinho surdo dos sentimentos entre os rostos.

O antes e o depois estão juntos em um momento. Ele pode não durar para sempre, mas está lá.

um

BEM AQUI

Para sentir o gosto do que tenho para mostrar