terça-feira, 30 de agosto de 2011

Tu es


sorrisos fortes presos em lençois manchados de luz de inverno, livro inacabado sobre o travesseiro;

barulhos ásperos perdidos em insônia,

você não vem me ver, Rainha Jane?

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Dream for the taking

ponte sobre água turbulenta.

Não consigo acreditar que a sua canção se foi tão rápido.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

No meio


Olhava imagens velhas a fim de buscar inspiração - já não são os reflexos da dor nas paredes da indiferença que marcam a fraqueza nascida do acaso. Tinha medo de se acostumar à ausência, aos lençóis frios, às mãos geladas ansiosas por novas palavras.

Mas ainda estava de pé. Ainda olhava para cima, encontrava companhia na solidão, bebia goles de autossuficiência.

Engolia papos sobre santidade e sorrisos jogados na poeira;

sem arrependimentos, sem compreensão.

sábado, 20 de agosto de 2011

Sem nome


Saudade misturada a imagens feitas para preencher a ausência

domingo, 14 de agosto de 2011

devoção atrasada


Uma amiga distante uma vez me disse que toda sua poesia saía da insegurança de devoções que chegavam tarde demais. Devoções a coisas pequenas, conversas de meia palavra, músicas esquecidas, papeizinhos velhos, angústia sufocada. Para ela, parecia que todos andavam de joelhos, caminhos sinuosos que levam a estradas longas.

Olhei para suas feridas e percebi que as possibilidades se apresentavam à sua frente, mas ela perdia as horas vivas esperando segundos mortos.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Hmm! (II)



Yeah, you got me

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Risonha e carinhosa


"A mulher é apaixonada, a atriz é apaixonante.

Todas as vezes que a imagino a distância não a vejo lendo um jornal, mas um livro, pois Jeanne Moreau não faz pensar no flerte, mas no amor.

Ao contrário de tantos atores e atrizes que só conseguem atuar em conflitos e tensões a ponto de às vezes confundir concentração com os campos de sinistra lembrança, Jeanne Moreau fica à vontade num ambiente de trabalho risonho e carinhoso, que ela contribui para criar e que ajuda a preservar mesmo quando se trata de projetar emoções fortes."

François Truffaut (1981)

A secret


Eu tinha um coração secreto dentro de mim e nem mesmo sabia como deixá-lo vivo. Eu tinha felicidade pequena que deixava meus lábios mais doces toda vez que ela se prendia neles. Eu tinha perfumes escondidos nos meus lençóis engomados que foram de refúgio a moradia. Eu tinha 57 tentativas, 39 rótulos de esperanças, 26 ideias de um futuro amargo e apenas 1 tipo de amor.

Eu tinha um caminho a seguir, uma língua a falar, um lugar para estar e três para cair;

E para onde vão as pessoas felizes?

Demorou muito, mas finalmente vi que elas não estão dentro de si mesmas.

Estão dentro de quem está ao lado delas.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

The word


E a palavra do dia é:

Amor