domingo, 2 de janeiro de 2011

Eu sei onde me achar, eu sei onde chorar

Sem dormir desde as duas da manhã, com os olhos e os sentidos nas memórias do Bob Dylan e a mesma música dos Byrds repetida oito vezes. Liguei a TV às seis e o que eu vi?



Ouvia muito essa música no caminho para a faculdade, subindo o viaduto num dia de chuva, quando o primeiro e o segundo semestre eram mais que pilhas de textos de Teorias da Comunicação, Freud e Jung. Pareceu um sinal. Eu encontrei o lugar que eu me escondia; eu descobri onde chorava.

Agarrei o lençol e cantei bem alto, sem me importar com a hora. Tudo que eu acumulei durante o ano anterior - lembranças, versos de poemas nunca feitos, pessoas que marcaram, pessoas que não estavam - desapareceram. E eu consegui, pela primeira vez, ficar feliz pelo que pode acontecer no futuro. Nunca ele me soou tão real: posso até tocá-lo com a ponta dos dedos.

Um comentário:

  1. tô esperando esse momento "Trancar 2010", pq tu sabe, ainda tô nele! Que bom, que bom, que booom!

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