quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Via férrea


Georges Seurat (1881-82)

Assim como aeroportos, tenho um fascínio imenso por estradas de ferro, concreto, barro, areia... Elas podem te dissolver nas milhões de conexões que te ligam a todos os tipos de mistérios que você só vivencia nesses lugares. Estradas, nuvens e aeroportos são os elementos mais puros da surpresa, do acaso, das experiências mais bonitas. Toda vez que viajo de avião, faço empenho de me sentar perto da janela: algo tão banal como as nuvens me levam ao estado momentâneo de uma certa felicidade plena que só é superada quando a aeronave aterrissa e me encontro perdida (e encantada) nos corredores e saguões lotados de gente de todas as partes do mundo, de todas as línguas, de todos os perfumes, de todas as graças...

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