sexta-feira, 8 de junho de 2012

Undertow



E hoje me bateu a angústia que vem com o fim do dia, calma, soluçante, despercebida;
E hoje me bateu a a lembrança da triste volta, camisas xadrez, palavras esparsas;

Os comentários que me surgem na cabeça: "Você nunca vai deixar isso ir", "Apenas morda as mãos de forma egoísta, feche os olhos ardidos em sal do mar, ande com os amigos, sem emoção, sem passado, sem futuro"

E ontem sonhei com Paris de novo, duas vezes. A Cardinal Lemoine, a exposição da Diane Arbus, a foto escura em frente a um cartaz do Andy Warhol. Eu sonhei com Paris de novo.

De novo.

Nós nunca teremos Paris. Só eu tive Paris. Paradoxalmente.

2 comentários:

  1. ...
    como eu sei que um texto é bom? Se a frase final parece uma agulha na alma..

    "Nós nunca teremos Paris. Só eu tive Paris. Paradoxalmente."

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