quinta-feira, 1 de agosto de 2013

an ache

O que será esse tempo todo que me foge dos pensamentos? Um intervalo para um estado puro, divino, de graça? O que chamo de dor está bem ali preso nas minhas palavras açoitadas pela mudez permanente?

Sagrada paz de espírito, atravesse essas cortinas de papel claro, as paredes que crescem fundas nos meus seios e caminhe sobre a minha pele que transpira ânsia por um destino mais visível e satisfatório.

E sabe quando o coração quer pular do peito, os lençóis misturando-se aos cabelos recém-lavados e frios, as mãos abraçando sua consciência que se estende ali, culpada, indecisa, quase morta? Chamei esse momento de meu, esmagando meus papeis sujos de tinta preta, destruindo as idealizações apresentadas na minhas patéticas ascensões ao topo das nuvens mortais do desejo.

78 botões de açúcar, 30 dias vividos entre vinho e rosas, 72 horas de embriaguez, 5 minutos de aplausos vindos com a surdez. 



E tudo termina quando essa contagem começa. A antecipação me trouxe até aqui.

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