quarta-feira, 29 de maio de 2013

Serpentes

tenho que aprender a calar a boca, refrear as ações, destruir as súplicas

ondas de entusiasmo não fazem ninguém viver, tudo fica na mesma.

Um comentário:

  1. serpentes...

    "Ele sabe dos caminhos dessa minha terra
    No meu corpo se escondeu, minhas matas percorreu
    Os meus rios, os meus braços...
    Ele é o meu guerreiro nos colchões de terra
    Nas bandeiras, bons lençóis
    Nas trincheiras, quantos 'ais'... ai!

    Cala a boca - olha o fogo...
    Cala a boca - olha a relva...
    Cala a boca, Bárbara!

    Ele sabe dos segredos que ninguém ensina
    Onde guardo o meu prazer, em que pântanos beber
    As vazantes, as correntes...
    Nos colchões de ferro, ele é o meu parceiro
    Nas campanhas, nos currais
    Nas entranhas, quantos 'ais'... ai!

    Cala a boca - olha a noite...
    Cala a boca - olha o frio...
    Cala a boca, Bárbara!"

    (Chico Buarque, 1973
    "Cala a boca, Bárbara")

    ResponderExcluir