sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Conversação

O que seria de nós sem as conversas? Conversas consigo mesmo, com os outros, com o silêncio, com Deus, com o Diabo, com a Terra, com o Sol... Algumas que tive foram vitais para mim, muito embora eu não queira mais revivê-las: misturei-me e me perdi dentro delas ...


































Elizabeth Bishop fala por nós:

O tumulto no coração
Faz um monte de perguntas.
Depois para e passa a dar respostas
No mesmo tom de voz.
Impossível ver a diferença.

Desinocentes, as conversas começam,
depois envolvem os sentidos, 
meio a contragosto.
Depois não há mais escolha,
depois não há mais sentido;

até que some
a diferença entre sentido e nome.
                                                                                                               (1955)

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