quinta-feira, 29 de março de 2012

In France

they kiss on main street

quinta-feira, 22 de março de 2012

E agora


eu sou a minha força, aquelas imagens embaçadas que me chegam preguiçosas quando tiro os óculos. Eu sou a minha cegueira, a dor intermitente, a minha saudação e a minha despedida.

eu sou a minha língua que encostou a neve, a minha boca que se desmanchou no gosto alvo de baunilha.

eu bato nas pérolas juntas à areia, eu espero jogarem fora meu último ovo de ouro

ou me apertarem e verem que dentro de mim só existem

praias

quinta-feira, 15 de março de 2012

Pelas rosas



Foram só sonhos, minha querida

Foram só sonhos e alarmes falsos

E eu tentei tanto, mas você não estava no meu sangue como vinho sagrado

Você não era meu pai, nem meu filho, meu amante ou minha dor e tristeza;

Eu me forcei, mas eu não me senti como se tivesse acabado de nascer

ou como um relâmpago que irrompe na tempestade.

Talvez eu nunca tenha realmente amado, eu passei minha vida inteira em nuvens de altitudes frias.

E eu só estava lá, querendo me sentir ouvida por canções de amor ou até podia ser pelo silêncio, pelo toque, pelo tato dos dedos sobre a minha pele fria

Mas eu estava lá, eu juro que estava. E eu sei que pareço ingrata com os dentes enterrados nas mãos, mas isso me traz coisas das quais ainda não posso desistir;

vou tomar um banho frio e tirar toda essa poeira do meu corpo mudo, sentir o cheiro e me ferir nessas rosas nunca enviadas, nessas rosas que são exatamente um alarme falso, o mesmo que eu não sabia que vivia até ele me ferir;

é assim que eu escondo a mágoa, enquanto a estrada segue bela e amaldiçoada;

e a minha vontade de ir. A minha vontade de sair e meu grito frio de triunfo.

terça-feira, 13 de março de 2012

Doigts (III)

só um pouco na superfície...

quinta-feira, 8 de março de 2012

Que eu seja doce


bem doce, bem doce, bem doce e amarga

porque desenhar e andar em linhas retas não me fazem querer provar o gosto escuro do sol de amanhã

sexta-feira, 2 de março de 2012

quinta-feira, 1 de março de 2012

Um dia como os outros

e tudo isso é minha raiva por não saber escrever sobre o que vejo.