Foi num domingo.
Eu sabia que era um dia comum porque eu acordei me sentindo a mesma pessoa que era no dia anterior. Minha avó sempre me dizia que a gente só crescia e via o tempo passar entre nós se acordássemos com aquela sensação agradável da mudança em nosso corpo.
Eu não sentia nada.
A casa estava silenciosa. Estranho para uma manhã de Natal. Eu podia ouvir os cães latindo ao longe e o som da flauta doce do carpinteiro que morava ao lado. Meu sangue corria frio dentro das veias finas dos pés. Eu juntava minhas partes esquecidas, perdida nos traços invisíveis de minha personalidade triste quando ouvi um barulho vindo da cozinha.
Escondi-me atrás da mesa de jantar. Fiquei com medo. Olhei a cena pelo cantinho do olho.
Mamãe cozinhava algo no fogão. Eu podia sentir o cheiro de canela misturado ao aroma doce de maçã. De repente, alguém puxou seu cabelo bem devagar. Tocou-lhe mãos. Era papai.
Começaram a dançar. Mamãe ria, papai levantava as mãos. Balaçavam-se ao som que vinha do silêncio, sentiam o que estava no ar. Os risinhos abafados confundiam-se com os movimentos de seus corpos, com o calor do instante, com a cumplicidade dos dois.
A alegria transbordava a olhos vistos.
Eu não ousei interromper aquele momento. Presenciava o amor em sua manifestação mais bela e pulsante. Meus dedos dos pés correram pelo chão e, de repente, eu dançava também. Logo eu, aquela que não sentia nada.
Meus pais não me viram. Saí devagar, ouvindo a música imaginária, com a felicidade logo atrás de mim.
Fui dormir. Senti meus cabelos doces como maçã e canela.
Eu sabia que era um dia comum porque eu acordei me sentindo a mesma pessoa que era no dia anterior. Minha avó sempre me dizia que a gente só crescia e via o tempo passar entre nós se acordássemos com aquela sensação agradável da mudança em nosso corpo.
Eu não sentia nada.
A casa estava silenciosa. Estranho para uma manhã de Natal. Eu podia ouvir os cães latindo ao longe e o som da flauta doce do carpinteiro que morava ao lado. Meu sangue corria frio dentro das veias finas dos pés. Eu juntava minhas partes esquecidas, perdida nos traços invisíveis de minha personalidade triste quando ouvi um barulho vindo da cozinha.
Escondi-me atrás da mesa de jantar. Fiquei com medo. Olhei a cena pelo cantinho do olho.
Mamãe cozinhava algo no fogão. Eu podia sentir o cheiro de canela misturado ao aroma doce de maçã. De repente, alguém puxou seu cabelo bem devagar. Tocou-lhe mãos. Era papai.
Começaram a dançar. Mamãe ria, papai levantava as mãos. Balaçavam-se ao som que vinha do silêncio, sentiam o que estava no ar. Os risinhos abafados confundiam-se com os movimentos de seus corpos, com o calor do instante, com a cumplicidade dos dois.
A alegria transbordava a olhos vistos.
Eu não ousei interromper aquele momento. Presenciava o amor em sua manifestação mais bela e pulsante. Meus dedos dos pés correram pelo chão e, de repente, eu dançava também. Logo eu, aquela que não sentia nada.
Meus pais não me viram. Saí devagar, ouvindo a música imaginária, com a felicidade logo atrás de mim.
Fui dormir. Senti meus cabelos doces como maçã e canela.
amei. amei amei amei! amei tanto que tô eu mesma sentindo esse cheirinho de maçã e canela. e olha que eu não gosto nem de um, nem de outro, mas tô achando maravilhoso! :)
ResponderExcluirgostei do texto, sucinto, leve e tocante... errr... posso falar o nome da dona do blog aqui ou fico na minha?
ResponderExcluirhehehe, ;P
valah, kinzin!!
ResponderExcluirtu me achou? =O
hehehehe, foi! :)
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