tentando alcançar o Sol. Eu estava há tanto tempo sentada que nem percebi a dor dos anos que se passaram. Foi aí que eu decidi parar de perseguir aquelas coisinhas que só fazem nossos pés afundarem na areia - o sentimento de pequenez, o grito surdo dos que choram, o vazio deixado pela escuridão quando passa pela nossa casa. Decidi ignorar o vácuo que minha alma insiste em me dar toda vez que tenta calar minha voz.
Decidi pintar minhas unhas roídas, tirar meus dentes presos em minhas mãos egoístas e assumir meu medo diante dos fatos do mundo. Percebi que não sou uma Scarlett O'Hara, mas que posso ser tanto uma Sylvia Plath com suas fraquezas e o amor pela palavra quanto uma Virginia Woolf dentro de um rio com pedras no bolso.
Eu posso ser Maria Antonieta quando come bolinhos de glacê.
Posso ser o riso de Joni Mitchell quando canta Big Yellow Taxi.
Posso ser as estradas que não me amam.
Conheço muito bem o que me faz ficar de pé toda manhã.
E o engraçado é que, no fim, a gente ainda consegue ser feliz mesmo assim.
Happy Sad
Decidi pintar minhas unhas roídas, tirar meus dentes presos em minhas mãos egoístas e assumir meu medo diante dos fatos do mundo. Percebi que não sou uma Scarlett O'Hara, mas que posso ser tanto uma Sylvia Plath com suas fraquezas e o amor pela palavra quanto uma Virginia Woolf dentro de um rio com pedras no bolso.
Eu posso ser Maria Antonieta quando come bolinhos de glacê.
Posso ser o riso de Joni Mitchell quando canta Big Yellow Taxi.
Posso ser as estradas que não me amam.
Conheço muito bem o que me faz ficar de pé toda manhã.
E o engraçado é que, no fim, a gente ainda consegue ser feliz mesmo assim.
Happy Sad
Que bom ouvir (na verdade ler, né) isso! pode mesmo, bruna PRACIANO :)
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirO melhor de se perder é saber que não somos perfeitos... Sobre os anos que se passam: há consolo quando se acredita em reencarnação. Eu me consolo na crença de uma vida perene. Agora, sou Klycia, depois ou antes, não sei.
ResponderExcluirBem, mas achei lindo esse texto... Daí, deixo você com esses versinhos, versinhos da Sarah Amin (que co-habita minha alma).
Ouvidos atentos num pôr-do-sol
além mar
na linha do horizonte: tsssiiiiiiiiiiiiii
e o sol encostou na água,
devagarzinho...