O que seria de nós sem as conversas? Conversas consigo mesmo, com os outros, com o silêncio, com Deus, com o Diabo, com a Terra, com o Sol... Algumas que tive foram vitais para mim, muito embora eu não queira mais revivê-las: misturei-me e me perdi dentro delas ...
Elizabeth Bishop fala por nós:
O tumulto no coração
Faz um monte de perguntas.
Depois para e passa a dar respostas
No mesmo tom de voz.
Impossível ver a diferença.
Desinocentes, as conversas começam,
depois envolvem os sentidos,
meio a contragosto.
Depois não há mais escolha,
depois não há mais sentido;
até que some
a diferença entre sentido e nome.
(1955)
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