sábado, 7 de julho de 2012

Ode a Paul Simon

Paul Simon, me ajude

Confirme para mim que tenho minha poesia e meus livros para me protegerem

Que eu voltarei para a Inglaterra França, onde se estende o meu coração

Que eu ainda estou louca depois de todos esses anos

Que eu ainda continuo sendo aquela alma dúbia - eu só faço o que quero, mas não sei o que quero  realmente

Ou que meu lar é realmente aqui, onde meu amor se estende me esperando em silêncio


Que eu sou uma rocha - e uma rocha não sente dor. E uma ilha nunca morre.

E que tempos foram aqueles, hein? Tempos de inocência e confidências... 

E, acho que faz meses (que mais parecem anos), ainda tenho uma única fotografia

Eu preservo as minhas lembranças - mesmo que ruins, acredite - porque elas são o que me resta.

Que eu saia por aí procurando a América, a Europa, o meu quarto, a minha casa, a minha vida.

Só um último pedido: cante uma música, uma música pra os pedintes, pedintes como eu

só assim deixo de ser essa água turbulenta - mesmo sem ponte para se estender sobre ela

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