Vou procurar escrever o que não sei para escapar do instante insano. São as longas horas entre as unhas, marcas de nascença que desaparecem na poeira, tato regado a perfume e creme de algodão, cascas de maçã, santos quebrados. Pensar que tudo foi experiência, ilusões perdidas, aroma de baunilha, tinta preta, sorrisos num abraço partido.
Eu me embriago com o som do lado escuro da lua, correntes de margaridas mortas no chão vermelho. E tudo para me trancar e jogar a chave fora.
Mas eu não digo adeus ao que me prende. Eu não digo adeus ao que me deixa fugir.
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